Na maioria dos casos, a osteoporose é uma condição metabólica relacionada com o envelhecimento e é caracterizada pela perda de massa óssea, tornando os ossos mais frágeis e aumentando o risco de fraturas.
Apesar de ocorrer em pessoas de ambos os sexos, três em cada quatro pacientes que apresentam osteoporose são do sexo feminino, principalmente na fase pós-menopausa. Isso se deve à mudança hormonal que acompanha esse período, diretamente relacionada à possível perda de massa óssea, quando há uma queda acentuada do estrogênio, hormônio importante na fixação do cálcio no osso.
CAUSAS DA OSTEOPOROSE
O esqueleto humano vive em constante renovação que envolve dois tipos de células: os osteoclastos e os osteoblastos. Os osteoclastos promovem a absorção de minerais, eliminando áreas de tecido ósseo e criando cavidades. Os osteoblastos, por sua vez, são encarregados de preencher essas cavidades, produzindo massa óssea. Para isso, usam o cálcio, absorvido com a ajuda da vitamina D. Assim, a cada três meses 10% do esqueleto se renova.
Esse processo possibilita a reconstituição do osso quando ocorrem fraturas. Com o passar do anos, porém, a absorção de minerais e de cálcio diminui significativamente. O resultado é que os ossos se tornam mais porosos, perdendo a resistência.
FATORES DE RISCO DA OSTEOPOROSE
Os principais fatores de risco para osteoporose são:
- Histórico familiar de osteoporose;
- Envelhecimento;
- Menopausa;
- Diabetes;
- Dieta pobre em cálcio e /ou vitamina D;
- Baixa exposição à luz solar;
- Vida sedentária;
- Tabagismo;
- Consumo excessivo de álcool;
- Medicamentos à base de corticoides e heparina;
- Pele branca;
- Imobilização e repouso prolongados.
SINTOMAS DA OSTEOPOROSE
A osteoporose é silenciosa e não apresenta sintomas. Em geral, o problema só é detectado em estado avançado, quando ocorre uma fratura espontânea ou causada por um pequeno trauma ou esforço. No entanto, algumas condições como dor crônica e redução da estatura, podem indicar a presença da doença.
REGIÕES DO CORPO MAIS ATINGIDAS PELA OSTEOPOROSE
As lesões causadas pela osteoporose ocorrem predominantemente em determinados ossos:
- Vértebras
- Úmero, braço, perto do ombro e no punho
- Quadril
- Fêmur
DIAGNÓSTICO DA OSTEOPOROSE
O exame de referência para o diagnóstico da osteoporose hoje é a densitometria óssea. É um exame não invasivo que permite medir a densidade do osso. Essa medida da massa óssea permite determinar o risco da paciente vir a ter fraturas, auxiliando a identificação da necessidade de tratamento.
A densitometria óssea vai revelar a situação atual da paciente e as comparações com exames anteriores poderão identificar o ganho ou a perda de massa óssea, permitindo avaliar a evolução da doença ou a eficácia do tratamento.
Quem vai definir o intervalo entre os exames é o próprio médico, levando em conta diversos critérios, como sexo e idade do paciente, a precisão da tecnologia empregada, entre outros. Recomenda-se um intervalo mínimo de um a dois anos.
Em geral, a densitometria óssea está indicada para mulheres com mais de 65 anos e para homens com mais de 70 anos, mas pode ser solicitada antes, caso o paciente apresente problemas ou situações de risco onde o médico considere haver uma maior probabilidade de desenvolvimento da doença.
TRATAMENTO DA OSTEOPOROSE
A osteoporose pode ter diferentes causas, sendo essencial determinar o que provocou a condição. Isso é essencial antes da escolha do tratamento, que deve ter por objetivo evitar fraturas e diminuir a dor, quando existe.
O primeiro passo para tentar conter a perda óssea é um ajuste da dieta com a ingestão adequada de cálcio e vitamina D. Caso os alimentos não resolvam a deficiência, é indicada a utilização de suplementos.
Os medicamentos podem melhorar a resistência do osso ao impedir a degeneração e incentivar a reconstrução. Uma das classes mais utilizadas nesse sentido é a dos bifosfonatos, que inibem a perda de material ósseo, ajudando a manter a densidade e a reduzir o risco de fratura.
Mais recentemente, surgiram medicamentos biológicos que desaceleram o ritmo de degradação dos ossos. Eles atuam especificamente na comunicação entre as células que reabsorvem (osteoclastos) e as que formam novos tecidos (osteoblastos), reequilibrando o processo de criação e destruição de massa óssea. Com isso, o esqueleto consegue se regenerar, o que evita fraturas.
Independentemente da escolha do medicamento mais adequado, não podemos dizer que a osteoporose tem cura, mas o tratamento pode diminuir muito o risco de ter a primeira ou novas fraturas e melhora a qualidade de vida de quem tem a doença.
RECOMENDAÇÕES E PREVENÇÃO DA OSTEOPOROSE
Por ser frequentemente diagnosticada somente após estar estabelecida, a melhor estratégia para prevenir a osteoporose é a adoção de hábitos que podem retardar ou evitar o desenvolvimento da doença:
- Manter uma dieta balanceada com alimentos ricos em cálcio, como o leite, iogurtes e laticínios;
- Exposição moderada à luz solar nos horários adequados – pela manhã e ao final da tarde – para que ocorra a síntese da vitamina D;
- Prática regular de exercícios físicos, como caminhar, andar de bicicleta, nadar, correr e, especialmente, exercícios com pesos, que são fundamentais para manter o tônus muscular e prevenir a osteoporose;
- Ingerir suplementos de cálcio e vitamina D para pacientes com dietas pobres em leites e derivados e que apanham pouco sol.
Se você apresenta algum fator de risco, já entrou ou está próxima da menopausa, procure seu médico para que ele solicite os exames adequados e possa avaliar seu quadro atual e o risco de desenvolver osteoporose.
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