Em 14 de janeiro de 2015, a atriz Fernanda Machado, 34, revelou em seu perfil no Instagram que estava grávida. A notícia comoveu muitos fãs –mais de 13 mil pessoas curtiram a publicação– não só porque o primeiro filho da artista estava a caminho, mas porque a notícia da gravidez confirmava o fim da luta dela contra a endometriose, doença que dificulta a gestação e havia sido diagnosticada há três anos.
Na endometriose, o tecido que reveste a cavidade uterina –endométrio– não é eliminado na menstruação. Em vez disso, sobe pelas tubas uterinas e cai na cavidade abdominal. Deslocado, ele provoca lesões e processos inflamatórios bastante dolorosos nas áreas onde se instala.
“Do início dos sintomas até o diagnóstico, pode-se levar mais ou menos sete anos”, afirma o ginecologista Alexander Kopelman, responsável pelo Centro de Endometriose do Hospital Santa Catarina, em São Paulo.
Em decorrência do problema, Fernanda Machado sempre sofreu com cólicas fortes. Mas, por achar que estavam relacionadas apenas ao ciclo menstrual, não deu a esse sintoma a atenção adequada. “Aos 30 anos, as dores pioraram bastante e começaram a limitar as minhas atividades. Foi então que descobri um cisto no ovário direito, que depois soube que era endometrioma, um reflexo da doença”, diz a atriz, aos seis meses de gestação.
Situações como a de Fernanda Machado são comuns, de acordo com Kopelman. “Muitas mulheres não dão a devida atenção à cólica menstrual forte. Muitos médicos também não. Mas, se a mulher toma analgésicos, e, ainda assim, continua sentindo muita dor, é preciso investigar”, fala o especialista.
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