Endometriose: uma doença que muitas mulheres ainda desconhecem

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Você sabia que você pode ter endometriose e não saber? Isso pode acontecer e não se sabe, ao certo, em quantas mulheres isso ocorre. As pacientes com dor pélvica acabam procurando auxílio médico para alívio dos sintomas e podem ter o diagnóstico realizado. Porém, aquelas sem dor podem descobrir a doença quando tentam engravidar e, eventualmente, enfrentam dificuldade, momento para investigação da infertilidade.

O útero é formado por uma camada muscular externa (miométrio) e outra interna (endométrio) que todos os meses, no período menstrual, descama, provocando o sangramento menstrual. A endometriose é a presença do endométrio fora do útero, podendo ocorrer de forma mais simples, com pequenas lesões na região pélvica ou de forma mais avançada, atingindo órgãos como ovários, bexiga e intestino.

A paciente com endometriose pode apresentar seis sintomas mais comuns:

  • Cólica menstrual
  • Dor na região pélvica fora do período menstrual
  • Dor no fundo da vagina durante a relação sexual
  • Alterações do hábito intestinal durante o período menstrual (dor para evacuar, diarreia e/ou sangramento nas fezes)
  • Alterações do hábito urinário também durante o período menstrual (dor para urinar, sangramento na urina)
  • ​Dificuldade para engravidar.
Quais os exames detectam a endometriose?

O exame ginecológico é extremamente útil na avaliação da paciente com suspeita de endometriose, pois em alguns casos é possível identificar a presença da doença realizando-se o toque vaginal. É importante lembrar que não há exames laboratoriais que permitam a detecção da endometriose. O ultrassom pélvico e transvaginal e a ressonância nuclear magnética da pelve realizada por profissionais especializados têm alta capacidade de identificar as lesões de endometriose maiores do que 5mm, assim como os cistos de ovário relacionados à doença (endometriomas).

Qual o tratamento para a endometriose?

O tratamento da endometriose pode ser com medicamentos hormonais ou cirúrgicos e essa decisão depende do local de acometimento da doença e do sintoma referido pela paciente. Mulheres que têm dor pélvica e não querem engravidar, em geral, são candidatas a usarem pílulas anticoncepcionais (ou adesivo, anel vaginal, injeções ou DIU com hormônio), caso as lesões não sejam muito avançadas e não prejudiquem o funcionamento do trato urinário e intestinal. Quando isso ocorre ou quando o uso dos hormônios não trouxeram alívio da dor, há indicação de tratamento cirúrgico. Nas pacientes que não tem dor, mas enfrentam dificuldade para engravidar, caso não haja a mesma indicação cirúrgica pela gravidade da doença, indica-se um tratamento que auxilie a alcançar a gravidez, como indução de ovulação até, eventualmente, fertilização in vitro.

É possível evitar a endometriose?

É possível tentar evitar a progressão e o avanço da endometriose para formas graves da doença, na medida em que o médico identifique e valorize os sintomas referidos pelas pacientes, realize o exame ginecológico buscando sinais da doença e solicite o exame de imagem correto, realizado por profissional especializado. Dessa forma, um diagnóstico precoce poderá ser feito, permitindo a indicação de tratamento adequado, assim como o seguimento periódico dessas pacientes.

Endometriose é hereditário?

Estudos de investigação genética não são conclusivos, mas parece haver uma tendência familiar no desenvolvimento da endometriose, mas ainda não detectou-se nenhum gene específico relacionado à doença.

Endometriose tem cura?

Existem dois pontos para serem esclarecidos nessa pergunta. Muitas pacientes com sintomas da doença conseguem atingir melhora da dor pélvica e/ou engravidar sem passar por um procedimento cirúrgico para retirada das lesões. Assim, usando medicações hormonais ou realizando algum tratamento para engravidar, mantém a doença, que não interfere na qualidade de vida dessas mulheres.

O outro ponto refere-se àquelas que necessitam de cirurgia, que deve ser realizada por profissional especializado nesse tipo de procedimento para que toda a doença seja retirada de forma completa, o que permite que a chance de retorno das lesões seja muito pequena. Um fator adicional reside na dependência hormonal para a manutenção da endometriose que é exaurida no momento que a mulher entra na menopausa, fazendo com que a doença regrida na grande maioria dos casos.

Fonte: https://www.einstein.br/endometriose

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